Incursão na Avenida Nazaré: Segundo Ensaio fotográfico em 17/09/15.

Método para pesquisa

Nesta incursão pela avenida Nazaré, realizei um segundo ensaio fotográfico que visou o movimento noturno da avenida. A ideia de realizar ensaios fotográficos convém do fato de que quando o objeto de estudo é fotografado, ao ser reproduzido, esta fotografia se torna uma cópia da realidade. 

Como o autor Darbon (1998) descreve:

“Uma fotografia é algo eminentemente fabricado, e, essa fabricação, assenta-se sobre convenções relativas à representação: representa somente algo que se assemelha às cenas no momento em que são fotografadas” (Darbon, p. 103, 1998).

No livro “A câmara clara”, o autor Barthes (1984) coloca que “o que a fotografia reproduz ao infinito só ocorre uma vez” (Barthes, p.13, 1984). Esta afirmação de Barthes demostra uma evidencia do autor Darbon de que “o sentido de uma imagem se constrói” (Darbon, p. 106, 1998).

Desse diálogo, entre a fotografia unívoca e a construção do sentido da fotografia, consigo entender que ambos autores prezam pela imagem retirada do momento inusitado, a qual ampliará seu sentido com uma descrição ou com um texto.

Como garantia de uma correta interpretação etnológica, o etnólogo deve impregnar-se dos temas que estuda, obter o máximo do conhecimento das condições de certa sociedade para então descrever com seriedade e profundidade a imagem. 

Então, esta segunda incursão na avenida Nazaré visou fazer o mesmo caminho da primeira. A princípio, haverá uma construção do cotidiano a ser feita entre os significados atribuídos aos lugares e arquiteturas que foram registrados pela manhã e pelo final da tarde.

A interpretação desta construção do cotidiano servirá para realizar mais incursões coletando ações com objetividade.

Segundo Ensaio fotográfico em 17/09/15

REFERÊNCIAS

BARTHES, Roland. A câmara clara: nota sobre a fotografia. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.
DARBON, Sébastien. O etnólogo e suas imagens. In SAMAIN, Etinenne. O fotográfico. São Paulo : Hucitec, 1998.