Nesta etapa foi realizado a investigação do limite do bairro de Nazaré que se inicia na Avenida Conselheiro Furtado esquina com a Avenida Alcindo Cacela, segue por três quadras na Avenida Conselheiro F., percorre uma quadra na Travessa Quintino Bocaiuva até a Avenida Gentil Bittencourt e segue por esta Avenida por quatro Quarteirões até a Avenida Serzedelo Corrêa.
Esta pesquisa foi realizada através da Etnografia de Rua, conceito proposto pelas autoras Rocha e Eckert (2001) que visa coletar as situações da vida urbana através do caderno de anotações e da máquina fotográfica.
Esta pesquisa foi realizada através da Etnografia de Rua, conceito proposto pelas autoras Rocha e Eckert (2001) que visa coletar as situações da vida urbana através do caderno de anotações e da máquina fotográfica.
A primeira impressão ao chegar na avenida Conselheiro Furtado é o brilho das janelas de um condomínio vertical. Com uma cor neutra, os edifícios refletem a intensa luz do sol. Esta mesma intensidade é rebatida no asfalto que, com pouca arborização na extensão da via, deixa o transeunte encalorado.
O fato é que no cruzamento da travessa 14 de março com a avenida Conselheiro F., uma quadra à frente, há um canal no nível d’água, por isso, o perímetro se torna mais quente por estar no nível do mar. Apenas este condomínio e o edifício em frente têm características que remetem à um estilo arquitetônico.
Nesta primeira quadra deste limite, são mais de cem metros de habitações descaracterizadas, algumas com três metros de fachada, outras com cinco, outras com dez metros, todas com paredes no limite do lote. São lojas com logomarcas reluzentes, residências com grade de ferro, sacadas e puxadinhas. Entre as habitações, há num total seis vielas, três em cada lado da via.
Talvez seja barulhento e quente morar nesta quadra, porém, a sensação de coletividade é notável o que pode unir as pessoas pela mesma causa.
O fato é que no cruzamento da travessa 14 de março com a avenida Conselheiro F., uma quadra à frente, há um canal no nível d’água, por isso, o perímetro se torna mais quente por estar no nível do mar. Apenas este condomínio e o edifício em frente têm características que remetem à um estilo arquitetônico.
Nesta primeira quadra deste limite, são mais de cem metros de habitações descaracterizadas, algumas com três metros de fachada, outras com cinco, outras com dez metros, todas com paredes no limite do lote. São lojas com logomarcas reluzentes, residências com grade de ferro, sacadas e puxadinhas. Entre as habitações, há num total seis vielas, três em cada lado da via.
Talvez seja barulhento e quente morar nesta quadra, porém, a sensação de coletividade é notável o que pode unir as pessoas pela mesma causa.
A partir do cruzamento com a travessa 14 de março, a avenida Conselheiro F. tem uma elevação em sua topografia até a avenida Generalíssimo D. O aumento de ventilação e arborização nas calçadas tornam o terreno qualificado. As lojas e restaurantes tem outro aspecto, estes investiram em suas fachadas e calçadas.
Na quadra seguinte, entre a avenida Generalíssimo D. e travessa Quintino B., todo quarteirão é sombreado por mangueiras. A maior parte das habitações são unifamiliares com recuo. Um perímetro quase plano com uma leve declinação em direção a travessa Quintino.
Aparentemente não tem um comércio expressivo como nas duas primeiras quadras do trajeto. Pelo contrário, nas calçadas pessoas caminham tranquilamente, algumas sentam nas varandas, fica visível que o canal da travessa 14 de março é um obstáculo a ser trabalhado por arquitetos e engenheiros para o bem-estar da cidade e da população.
Na quadra seguinte, entre a avenida Generalíssimo D. e travessa Quintino B., todo quarteirão é sombreado por mangueiras. A maior parte das habitações são unifamiliares com recuo. Um perímetro quase plano com uma leve declinação em direção a travessa Quintino.
Aparentemente não tem um comércio expressivo como nas duas primeiras quadras do trajeto. Pelo contrário, nas calçadas pessoas caminham tranquilamente, algumas sentam nas varandas, fica visível que o canal da travessa 14 de março é um obstáculo a ser trabalhado por arquitetos e engenheiros para o bem-estar da cidade e da população.
Decorrendo o trajeto, na travessa Quintino Bocaiuva, uma porção de habitações residenciais no lado esquerdo no sentido do transito de automóveis, com cores chamativas e paredes no limite dos lotes, aparentam ser intervenções feitas em casas antigas.
Um exemplo é a intervenção feita na edificação da esquina da travessa Quintino B. com a avenida Gentil B. Esta edificação de dois pavimentos com janelas simétricas e em harmonia vedadas com vidro e persianas, pertence a um período anterior à atual e que devido a esta reforma não é possível sabe-lo, apenas se percebe que a reforma tornou a edificação em um ponto comercial com “valor estético” contemporâneo.
Um exemplo é a intervenção feita na edificação da esquina da travessa Quintino B. com a avenida Gentil B. Esta edificação de dois pavimentos com janelas simétricas e em harmonia vedadas com vidro e persianas, pertence a um período anterior à atual e que devido a esta reforma não é possível sabe-lo, apenas se percebe que a reforma tornou a edificação em um ponto comercial com “valor estético” contemporâneo.
Seguindo pelo limite do bairro, a avenida Gentil Bittencourt representa uma face bucólica da cidade de Belém. Em cinco quadras, da travessa Quintino Bocaiuva até a avenida Serzedelo Corrêa, o corredor sombreado de mangueiras expõe uma serena pátina nas fachadas das habitações. Em um trecho do diário de campo, foram anotadas algumas partes desta sensação:
“No limite do bairro pertencente à avenida Gentil B., a composição arquitetônica é outra. De um lado, na primeira quadra, o edifício do Centur, com características modernistas, tem em sua fachada várias janelas divididas simetricamente pelos brise-soleis e em primeiro plano, uma estrutura metálica correspondente a quadra do centro cultural na qual várias atividades são realizadas, como a festa junina. Do outro lado da avenida, outra edificação pertencente a uma instituição particular, também tem características modernas. Esta quadra representa uma parte da cidade plana, arborizada e bem cuidada, com marcos de civilização que a cidade de Belém merece. Nas duas quadras seguintes, há uma subida até a esquina da travessa Dr. Moraes. Um impacto neste espaço é o edifício onde funciona o IBGE. Este prédio remonta uma época em que a cidade se locomovia à bonde, quando se importava produtos industriais e se exportava matéria prima. Em uma descontinuidade de estilos, entre fachadas antigas e modernas, a paisagem cultural conta aos transeuntes através de suas nuances, a sabedoria do tempo e o ensino para saber vê-la” (Diário de Campo: Incursão pela Avenida Conselheiro Furtado, Quintino B. e Gentil B. Quarta-feira, 12 de agosto de 2015).
Chegando ao final do percurso, na Av. Gentil B. entre a travessa Dr. Moraes e a avenida Serzedelo Corrêa, de um lado, o Cemitério da Soledade, parte da historia da cidade que pertenceu ao período da Belle Èpoque e que hoje é reconhecido pelo seu valor histórico e cultural pelo Iphan. No outro lado, um silêncio reverberado pelo cemitério em fachadas antigas e decompostas pelo tempo.
Um marco desta quadra são os moradores de rua que, sem condições, criam suas casas do lado oposto às lápides.
Um marco desta quadra são os moradores de rua que, sem condições, criam suas casas do lado oposto às lápides.
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