A diversidade arquitetônica
O conceito da Etnografia de Rua, o qual utilizo nesta pesquisa, foi proposto pelas autoras Rocha e Eckert (2001), um conceito que surge como uma pesquisa que se desloca pela cidade tendo em vista uma proposta benjaminiana, onde esta etnografia "afirma uma preocupação com a pesquisa antropológica a partir do paradigma estético na interpretação das figurações da vida social na cidade" (Rocha e Eckert, p.5, 2001).
Essa prática etnográfica tem como intuito capacitar o olhar do pesquisador para a cidade tendo em perspectiva, a vida urbana. Não é uma reinvenção ou reencantamento da cidade, mas uma coleta de ações que se deslocam pelos cenários e contextos através de observações etnográficas.
Rocha e Eckert (2001) descrevem este conceito como um estudo de observação sistemática de rua, de ruas ou de bairros, seguida de uma descrição etnográfica das situações, cenários, personagens, circunstâncias do movimento urbano local e em entrevistas e conversações com os moradores e frequentadores da rua estudada, para identificar "significados sobre o viver o dia-dia na cidade" (Rocha e Eckert, p.7, 2001).
O conceito da Etnografia de Rua, o qual utilizo nesta pesquisa, foi proposto pelas autoras Rocha e Eckert (2001), um conceito que surge como uma pesquisa que se desloca pela cidade tendo em vista uma proposta benjaminiana, onde esta etnografia "afirma uma preocupação com a pesquisa antropológica a partir do paradigma estético na interpretação das figurações da vida social na cidade" (Rocha e Eckert, p.5, 2001).
Essa prática etnográfica tem como intuito capacitar o olhar do pesquisador para a cidade tendo em perspectiva, a vida urbana. Não é uma reinvenção ou reencantamento da cidade, mas uma coleta de ações que se deslocam pelos cenários e contextos através de observações etnográficas.
Rocha e Eckert (2001) descrevem este conceito como um estudo de observação sistemática de rua, de ruas ou de bairros, seguida de uma descrição etnográfica das situações, cenários, personagens, circunstâncias do movimento urbano local e em entrevistas e conversações com os moradores e frequentadores da rua estudada, para identificar "significados sobre o viver o dia-dia na cidade" (Rocha e Eckert, p.7, 2001).
Começo pesquisando o dia-dia do bairro de Nazaré. Em uma primeira incursão pelo bairro, contemplando a diversidade arquitetônica, percebo que de quadra em quadra, sempre há mais de um estilo arquitetônico. São arquiteturas que remetem ao século XIX até século XXI.
Uma panificadora na esquina da Travessa Rui Barbosa com a Avenida Governador José Malcher, com detalhes neoclássicos como a platibanda em alto relevo, aberturas em arco, construída entre o final do século XIX, início do século XX e em bom estado de conservação, tem como plano fundo de sua paisagem, prédios construídos no século XXI, como expressa o desenho gráfico:
Uma panificadora na esquina da Travessa Rui Barbosa com a Avenida Governador José Malcher, com detalhes neoclássicos como a platibanda em alto relevo, aberturas em arco, construída entre o final do século XIX, início do século XX e em bom estado de conservação, tem como plano fundo de sua paisagem, prédios construídos no século XXI, como expressa o desenho gráfico:
Algumas pessoas cruzam o semáforo pela tarde com pães, algumas entram no táxi para seguir viagem, logo chega outro taxista, que passa o tempo trocando piadas, discutindo condições sobre o trânsito, uma rua com forte movimento pela tarde.
As nuances da tarde desta esquina poderiam estar presentes em outra época porém, hoje, com uma composição de arquiteturas modernas e pós-modernas, revestidas de vidro e ferro, feitas de concreto armado, configura-se uma paisagem cultural com descontinuidade estilística.
As nuances da tarde desta esquina poderiam estar presentes em outra época porém, hoje, com uma composição de arquiteturas modernas e pós-modernas, revestidas de vidro e ferro, feitas de concreto armado, configura-se uma paisagem cultural com descontinuidade estilística.
Nesse sentido, será proposto neste blog algumas entrevistas com pessoas que moram, transitam ou trabalham neste bairro e será pesquisado, na fala dos entrevistados, lembranças de outra época e como estas são esquecidas na paisagem cultural.
Neste entorno arquitetônico diversificado, compor um estudo sobre a identidade do bairro e ao mesmo tempo conservar a história do mesmo, é o que pretende esta pesquisa.
Neste entorno arquitetônico diversificado, compor um estudo sobre a identidade do bairro e ao mesmo tempo conservar a história do mesmo, é o que pretende esta pesquisa.
ROCHA, Ana Luiza; ECKERT, Cornelia. Etnografia de rua : estudo de antropologia urbana. Iluminuras – Banco de Imagens e Efeitos Visuais, PPGAS/UFRGS, 2001.n° 44.
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